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Projeto voluntário de Cláudio Joaquim dos Santos Braga.
Coelho Netto - A conquista Imagem em formato de círculo com a bandeira do Brasil, no site é utilizada para escolhe o idioma Português



Clique para abrir... 155A-conquista.pdf.


(1864-1934)


Henrique Maximiano Coelho Neto (Caxias, Maranhão, em 21 de fevereiro de 1864 - Rio de Janeiro, 28 de novembro de 1934); escritor, político e professor.

Participou da fundação da Academia Brasileira de Letras, sendo o primeiro ocupante da Cadeira nº. 2, que tem como patrono Álvares de Azevedo, tendo sido presidente da Casa de Machado de Assis.

Foram seus pais Antônio da Fonseca Coelho, português, e Ana Silvestre Coelho, de origem indígena. Tinha ele seis anos quando seus pais se transferiram para o Rio. Fez os seus preparatórios no Externato do Colégio Pedro II. Tentou o curso de Medicina, na própria Capital Federal, logo desistindo do curso. Em 1883 matriculou-se na Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, tendo inclusive habitado a mesma pensão que Raul Pompéia, que também frequentava a Academia de São Paulo àquela época. Seu espírito irriqueto encontrou ali ótimo ambiente para destemidas expansões, e logo ele se viu envolvido num movimento dos estudantes contra um professor. Antevendo represálias, transferiu-se para a faculdade de Recife, onde completou o 1º. ano de Direito, tendo sido aluno do jurista e poeta Tobias Barreto. Regressando a São Paulo, dedicou-se ardentemente à campanha abolicionista e republicana, atitute que rendeu-lhe novos atritos com o corpo docente da Faculdade do Largo de São Francisco. Em 1885 desistiu, por fim, de suas pretensões jurídicas, e transferiu-se para o Rio. Fez parte do grupo de boêmios que abrangia figuras da monta de Olavo Bilac, Luís Murat, Guimarães Passos e Paula Ney. A história dessa geração apareceria depois em seus romance A Conquista e Fogo Fátuo, dedicado este ao amigo Francisco de Paula Ney, jornalista e brilhante orador conhecido por sua boemia e seu célebre anedotário. Nesta época tornou-se companheiro assíduo de José do Patrocínio, na campanha abolicionista. Ingressou no jornal Gazeta da Tarde, passando depois para a folha Cidade do Rio, onde chegou a exercer o cargo de secretário. Desta época datam seus primeiros volumes publicados.

Em 1890, contraiu matrimônio com Maria Gabriela Brandão, filha do educador Alberto Olympio Brandão. Do seu casamento teve 14 filhos. Foi nomeado para o cargo de secretário do Governo do Estado do Rio de Janeiro e, no ano seguinte, Diretor dos Negócios do Estado. Em 1892, foi nomeado professor de História da Arte na Escola Nacional de Belas Artes e, mais tarde, professor de Literatura do Ginásio Pedro II. Em 1910, foi nomeado professor de História do Teatro e Literatura Dramática da Escola de Arte Dramática, sendo logo depois diretor do estabelecimento.

Eleito deputado federal pelo Maranhão, em 1909, e reeleito em 1917. Foi também secretário-geral da Liga de Defesa Nacional e membro do Conselho Consultivo do Theatro Municipal.

Além de exercer os cargos públicos, Coelho Neto manteve e multiplicou a sua atividade em revistas e jornais de todos os feitios, no Rio e em outras cidades. Além de assinar trabalhos com seu próprio nome, escrevia sob inúmeros pseudônimos, entre outros: Anselmo Ribas, Caliban, Ariel, Amador Santelmo, Blanco Canabarro, Charles Rouget, Democ, N. Puck, Tartarin, Fur-Fur, Manés.

Cultivou praticamente todos os gêneros literários e foi, por muitos anos, o escritor mais lido do Brasil, tendo, provavelmente a sua maior consagração ao ser nomeado, em votação aberta ao público promovida pela revista O Malho, Príncipe dos Prosadores Brasileiros , em 1928. Foi provavelmente o prosador brasileiro mais lido nas primeiras décadas do século XX, tendo sofrido sua pessoa e sua obra furiosos ataques do Modernismo posterior à Semana de 22, o que provavelmente colaborou no injusto esquecimento que o mercado editorial e os leitores brasileiros tem-lhe reservado.

Obras: Tormenta , Fogo Fátuo , Banzo , Sertão , O Rajá de Pendjab , Rapsódias , Turbilhão , Romanceiro , etc, contando sua obra mais de uma centena de títulos, atualmente raros. Fez o primeiro roteiro para um filme nacional, A Cidade Maravilhosa , na década de 1930.




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