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Projeto voluntário de Cláudio Joaquim dos Santos Braga.
Mário de Sá-Carneiro - A Confissão de Lúcio Imagem em formato de círculo com a bandeira do Brasil, no site é utilizada para escolhe o idioma Português



Clique para abrir... 330A-Confissao-de-Lucio.pdf.


(1890-1916)


MÁRIO DE SÁ-CARNEIRO nasceu em Lisboa no dia 19 de maio de 1890. Os primeiros anos de sua vida são marcados pela dor causada pela morte da mãe, em 1892, quando ele tinha apenas dois anos.

Em 1911 matricula-se na Faculdade de Direito de Coimbra e, no ano seguinte, transfere-se para Universidade de Paris para dar continuidade ao curso de Direito, que não conseguiu concluir. Ainda em 1912 publica a peça teatral Amizade e o volume de novelas Princípio . Nessa época, começa a corresponder-se com Fernando Pessoa. Nessa correspondência já é refletido o agravamento dos seus problemas emocionais e as idéias de morte e suicídio.

Em 1914, além de publicar as obras Dispersão e A confissão de Lúcio , Sá Carneiro intensifica sua correspondência com Fernando Pessoa, a quem envia seus poemas e projetos de obras, revelando crescentes sinais de pessimismo e desespero.

Em 1915, como integrante do grupo modernista em Portugal, participa do lançamento da revista Orpheu . No segundo volume dessa revista publica o poema futurista Manucure , que, ao lado do poema Ode triunfal de Álvaro de Campos (Heterônimo de Fernando Pessoa), provocam impacto e polêmicas nos meios literários.

Ainda em 1915 regressa à Paris, onde passa por constantes crises de depressões, que são agravadas por causa das suas dificuldades financeiras. Em 1916, em uma carta a Fernando Pessoa, anuncia sua intenção de suicídio, o que efetivamente ocorre no dia 26 de abril, num quarto do Hotel Nice, em Paris.

A obra de Mário Sá-Carneiro está intimamente relacionada a sua vivência pessoal, ou seja, revela toda a sua inadaptação ao mundo e a constante busca do seu próprio eu. Isso faz com que o poeta mergulhe no seu mundo interior e, diferente de Fernando Pessoa, que se desdobrou em heterônimos, atinja a autodestruição. Para o bom entendimento da obra de Mário de Sá Carneiro é necessária a análise das Cartas a Fernando Pessoa , publicadas postumamente.



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